
O Presidente americano, Donald Trump, ameaçou neste sábado, 4 de Janeiro, atingir “duramente” 52 alvos iranianos se o Irão atacar americanos ou interesses americanos, depois do ataque aéreo com um drone que matou o Major General iraniano Qassem Soleimani e um líder da milícia iraquiana.
Sem mostrar sinais de querer aliviar as tensões criadas pelo ataque aéreo que ele ordenou para matar Soleimani e o líder da milícia iraquiana apoiada pelo Irão, Abu Mahdi al-Muhandis, no aeroporto de Bagdade, na sexta-feira, dia 3, Trump lançou a ameaça no Twitter.
O ataque levou milhares de pessoas a marcharem em homenagem aos dois homens e aumentou o espectro de conflitos mais amplos no Médio Oriente.
O Irão, escreveu Trump, “está a falar com muita coragem sobre atingir certos interesses americanos” por vingança pela morte de Soleimani. Trump disse que os Estados Unidos tem “52 alvos iranianos” e que alguns são “de alto nível e muito importantes para o Irão e para a cultura iraniana e esses alvos e o próprio Irão VÃO SER ATINGIDOS MUITO RAPIDAMENTE E MUITO DURAMENTE.”
“Os EUA não querem mais ameaças!” disse Trump, acrescentando que os 52 alvos representam os 52 americanos que foram feitos reféns no Irão por 444 dias depois de terem sido detidos na Embaixada americana em Teerão em Novembro de 1979 – um ponto sensível de longa data nas relações EUA/ Irão.
Irão promete vingar morte
O líder supremo do Irão, o aiatolá Ali Khamenei e o Presidente do país, Hassan Rouhani, prometeram vingar a morte de Qassem Soleimani, principal autoridade da inteligência do país e um dos líderes da Guarda Revolucionária, pelos Estados Unidos no Aeroporto Internacional de Bagdade, no Iraque, na quinta-feira, 2.
“O martírio é a recompensa por seu trabalho incansável durante todos estes anos (…) Se Deus quiser, sua obra e seu caminho não vão parar aqui e uma vingança implacável espera os criminosos que encheram as mãos com seu sangue e a de outros mártires”, afirmou o aiatolá Khamenei na sua conta no Twitter, nesta sexta-feira, 3.
Em comunicado divulgado pela TV, Ali Khamenei declarou que “todos os inimigos devem saber que a jihad de resistência continuará com uma motivação dobrada, e uma vitória definitiva aguarda os combatentes na guerra santa”.
Ele concluiu que “o Irão geralmente se refere a países e forças regionais opostos a Israel e aos EUA como uma frente de “resistência”.
Por seu lado, o Presidente iraniano, Hassan Rouhani, disse que agora o país estará mais determinado a resistir aos Estados Unidos e também falou em vingança.
“O martírio de Soleimani tornará o Irão mais decisivo para resistir ao expansionismo americano e defender nossos valores islâmicos. Sem dúvida, o Irão e outros países que buscam a liberdade na região se vingarão”, afirmou Rouhani.
O chefe da diplomacia iraniana Mohammad Javad Zarif, também no Twitter, escreveu que o acto de terrorismo internacional dos Estados Unidos (…) é extremamente perigoso e uma escalada imprudente” das tensões.
O bombardeamento americano teve como alvo uma caravana de veículos dentro do perímetro no Aeroporto Internacional de Bagdá e matou pelo menos sete pessoas, de acordo com fontes das forças de segurança iraquianas.
Além de Qassem Soleimani, foram mortos Abu Mahdi al-Muhandis, chefe das Forças de Mobilização Popular do Iraque, milícia apoiada pelo Irão, e seis integrantes.
Os dois líderes militares serão enterrados no sábado.
Os governos do Iraque e Irão decretaram três dias de luto.
Na quinta-feira, o Pentágono (Ministério da Defesa) confirnou o ataque, bem como a ordem dada por Trump, que, na sua conta no Twitter colocou uma bandeira americana, mas sem comentários.
Em comunicado, o disse que “o ataque viou evitar ataques futuros do Irão”, que alegadamente estavam a ser preparados por Qassem Soleimani.
É procedente assinalar que a informação foi facilitada por Voa News. Edição, Área Jornalística OIPOL.

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